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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Racismo e Teoria da Evolução


Darwin defendia que existia raças humanas SUPERIORES E INFERIORES

"...é sobretudo mediante o seu poder que as raças civilizadas estenderam e continuaram estendendo a sua ordem de modo a assumir o lugar das raças inferiores..." As origens do homem e a seleção sexual. Charles Darwin. São Pualo: HEMUS, 1974 p. 163

 

































 


"Tampouco é pequena a diferença de disposição moral entre um bárbaro, como o homem descrito pelo velho navegador Byron, o qual arremessou o filho contra as rochas porque deixara cair um cesto de frutos do mar, e um Howard ou um Clarkson; ou de intelecto, entre um selvagem que usa com dificuldade todo termo abstrato, e um Newton e um Shakespeare. Diferenças deste gênero entre homens superiores de raças superiores e os ínfimos selvagens estão interligadas por gradações sutilíssimas. Por isso é provável que passem de uma para a outra e que se desenvolvam uma da outra. p. 84





Veja a confirmação: 

“A maioria dos biólogos evolucionistas não gosta nem sequer de pensar no quanto darwinismo contribuiu para o desenvolvimento das ideologias racistas do mundo moderno. Eles não lidam realmente com o fato histórico de Darwin e Galton aceitaram os conceitos das raças superiores e inferiores, e de que Galton interessou-se particularmente por comprovar a inferioridade do negro e dos aborígenes australianos.
Ernest Haeckel, um dos principais biólogos evolucionistas da Alemanha vitoriana, preparou terreno para o desenvolvimento do complexo sistema de racismo alemão que iria se desenvolver nos tempos modernos.

(O espectro de Darwin,p.167, Jorge Zahar Editor, 2000- este livro foi escrito pelo Michael Rose que é professor titular de biologia universitária da Universidade da Califórnia)


O autor do livro diz mais:
“ Esperemos que o espectro demoníaco do darwinismo prometeico nunca volte a nos assombrar”(Idem, p.171)


Comentários:
O conceito errado de sobrevivência do mais apto foi adaptado por Hitler. Na verdade hoje a biologia não prega mais a sobrevivência do mais apto, mas a reprodução dos mais aptos.


Um comentário:

  1. Sou Hermes F. de Medeiros, biólogo.
    Darwin foi um dos cientistas mais importantes de nossa história, mas não deixa de ser um ser humano, sem qualquer poder excepcional. Em ciência, a busca pela melhor explicação da natureza se baseia apenas em fatos e argumentos, a autoridade de quem fala não tem valor algum. "Argumento de autoridade" é o nome de uma falha argumentativa.

    Darwin acertou mais do que seria esperado, para alguém na sua época, com as limitadas informações que tinha, mas também errou em muitas de suas conclusões, como ao interpretar as diferenças na forma de pensar e agir entre pessoas de diferentes populações humanas como sendo de base genética (diferenças de entre raças), quando na verdade eram predominantemente devidas aos estímulos recebidos durante a criação.

    Colocar o que Darwin disse como uma representação adequada do que se pode concluir a partir da teoria da evolução equivale a aceita-lo a um profeta, cujas palavras deveriam ser tomadas como verdades, devendo ser analisadas e reinterpretadas, como se faz com textos religiosos. Não é assim que aprendemos sobre evolução.

    Para alguém interessado em evolução hoje, vindo diretamente de Darwin só aprendemos a idéia inicial de seleção natural. O segundo passo já é baseado na genética (que Darwin não sabia). A partir daí aprendemos as 4 forças evolutivas, seleção, mutação, migração e deriva genética (Darwin descobriu a primeira e as outras só foram descobertas mais de 100 anos depois). Cumprida esta formação básica, podemos nos voltar para fenômenos específicos, como as diferenças entre populações humanas.

    Darwin contribuiu muito, mas a ciência é uma construção coletiva, contínua e inacabada.

    A evolução biológica em si, assim como aspectos fundamentais dela, como o fato de todos os seres vivos descenderem de um ancestral comum (um microorganismo), são tão bem suportados por fatos quanto o fato da Terra ser menor do que o Sol, mas detalhes desta evolução estão sendo acrescentados e revistos continuamente.

    Se eu fosse dar aula hoje com o que eu sabia há 20 anos atrás cometeria erros injustificáveis, devido às novas descobertas que ocorreram só neste período.

    Resumindo: Sim. Darwin errou quanto às diferenças entre raças humanas, mas ele acertou quanto à evolução por seleção natural, quanto à especiação e quanto ao fato de que todos os seres vivos descendem de um ancestral comum. Estas foram suas contribuições e o tornaram o cientista mais importante da história da humanidade. Apesar disto, as opiniões dele não têm peso algum na defesa de uma hipótese. Ele não foi um profeta.

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